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Congresso AutoData Perspectivas 2018 aponta para crescimento sustentável e gradativo no próximo ano
No final de outubro, os principais executivos e representantes de entidades da indústria automobilística brasileira participaram, em São Paulo, do Congresso AutoData Perspectivas 2018. O mais importante e consenso entre todos é que o setor automotivo nacional voltou a crescer e o cenário é o de manutenção do ritmo de vendas em função do crescimento no mercado interno e nas exportações.
Para o presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Antonio Megale, uma série de fatores econômicos colaborará para a manutenção, em 2018, das vendas como tem sido este ano. “Em automóveis esperamos que a exportação represente boa parte da produção, e alguns investimentos estão sendo feitos para que, o mercado de caminhões volte a ser destaque”, comentou.
Os níveis de emprego, renda e inadimplência ainda preocupam a entidade e de acordo com Megale, ainda é preciso apostar nas reformas previstas pelo governo como ferramentas de melhoria desses pontos no quadro econômico. “O setor está em constante diálogo com o governo no que diz respeito às políticas públicas. A construção do Rota 2030 serve também para aproximar os interesses”.
Em ônibus, reação mais expressiva, só no ano que vem
O Congresso AutoData mostrou que no setor de ônibus a retomada começou, mas de maneira muito tímida ainda. Segundo os executivos das principais montadoras, as vendas de ônibus no mercado brasileiro devem fechar o ano com números similares aos de 2016, quando foram comercializadas 11,2 mil unidades. Por isso, Gilberto Vardânega, diretor comercial de ônibus da Volvo, classificou 2017 como “um ano perdido”.
Já para 2018, os executivos do setor esperam resultados de 10% a 15% superiores. Apesar da expectativa de crescimento de dois dígitos, Gustavo Serizawa, gerente de marketing da Iveco Bus na América Latina, Walter Barbosa, diretor de vendas de ônibus da Mercedes-Benz do Brasil, e Jorge Carrer, gerente executivo de vendas de ônibus da MAN, concordam com Vadânega, da Volvo. Para eles o mercado demonstra sinais de recuperação, mas ainda está longe do ideal, como disse Serizawa: “Podemos até crescer dois dígitos no ano que vem, mas a base é muito fraca”.
De acordo com eles, o número ideal de vendas anual varia de 18 mil a 22 mil unidades. Para aumentar as vendas os executivos listaram uma série de desafios que precisam ser superados. Um deles é a recuperação do poder de investimento das empresas de transporte de passageiros urbanos, que dependem do valor da tarifa para tornar as operações saudáveis. Segundo Barbosa, da Mercedes-Benz, “há um enorme desequilíbrio econômico e financeiro nos contratos de concessão que precisam ser resolvidos, e isso é obrigação do poder público”. Carrer, da MAN, resgatou a ideia de que existe demanda reprimida na compra de ônibus por causa do aumento de custos operacionais que não foram repassados para a tarifa: “A troca de tecnologia para Euro 5, a inflação que chegou próxima de 10%, e outros fatores tornaram a operação mais cara, enquanto as tarifas foram congeladas”.
Outros desafios são a redução da taxa de desemprego, que atingiu índice acima de 12%, a instabilidade política e a falta de crédito. Para Carrer “existe um ciclo vicioso complicado, que afeta o sistema como um todo”. No entanto o cenário é mais positivo do que negativo, na opinião dos executivos, uma vez que o panorama macroeconômico esboça sinas de retomada. Segundo Barbosa, da Mercedes-Benz, a lista conta com itens como crescimento do PIB, inflação sob controle, redução da taxa Selic, amadurecimento do Refrota, licitação dos contratos de concessão de São Paulo, renovação do mercado de ônibus rodoviários e consolidação do mercado escolar.
Se realmente os números de 2018 se concretizarem, os executivos acreditam que em cinco ou seis anos o mercado de ônibus no Brasil volte a patamar sustentável, que para Iveco, Mercedes-Benz e Volvo é de 20 mil veículos por ano, em média. Um pouco mais otimista, Carrer, da MAN, acredita que o mercado pode chegar a 25 mil veículos por ano, em média.
Refrota pode ser solução
Lançado no final do ano passado como forma de ampliar as vendas de ônibus a linha de crédito Refrota, da Caixa Econômica Federal, não surtiu os efeitos desejados no início do ano. Depois de severas críticas ao operador financeiro, os executivos das montadoras a vêem, agora, como uma solução. Barbosa, da Mercedes-Benz, lembrou que no início do ano a taxa Selic era de 13% ao ano e que, “por inexperiência da Caixa no setor de transportes, o Refrota demorou para surtir efeito”. Mais, acrescentou Vadânega, da Volvo: “Além disso o contexto negativo também influenciou”.
Cenário favorável para liberação de crédito
Para as instituições financeiras, como os banco Itaú, Bradesco e o Moneo, da Marcopolo, o cenário é favorável para o mercado de crédito e o consumidor poderá usufruir deste novo “apetite” na cessão de recursos para aquisição de ônibus e veículos em geral.
Segundo Paulo Cesar Zoiro Ciasca, superintendente executivo da Bradesco Financiamento, o mercado vem reagindo nos últimos meses com maior número de consultas nas concessionárias. As linhas de crédito disponíveis no mercado são o Finame, que apesar de estar com custo mais elevado em relação a anos anteriores, ainda tem grande procura mediante prazos mais extensos e carência, além do aumento de demanda por CDC e Leasing.
“Paulatinamente está ocorrendo uma migração de Finame para CDC e Leasing, pois estas linhas ficaram competitivas dada a queda Selic, além da maior agilidade para contratação das operações”, explica Paulo Ciasca. “A Bradesco Financiamentos é a empresa do grupo Bradesco voltada ao atendimento para o segmento automotivo, com equipe dedicada, tem importante participação no mercado de veículos pesados (ônibus inclusive) e estima um crescimento de 10% para 2018. O banco continuará apoiando o segmento, ressaltando que muitas empresas atuantes nesse setor são correntistas do banco e isso auxilia nas avaliações e projeções”, destaca.
Para o Itaú, a tendência é de maior consumo de veículos. Taxa de juros em queda e inflação controlada, fatores que marcam o panorama econômico deste ano, formam cenário favorável ao mercado de crédito, gerando uma tendência de desembolsos em 2018 e, por consequência, reflexo nas vendas de veículos.
Segundo Fernando Machado Gonçalves, economista do Banco Itaú, o desempenho da economia em 2017 apenas correspondeu às expectativas da indústria. “Ficou configurado, no País, ao longo deste ano, um cenário favorável para o mercado de crédito, o qual deve crescer em 2018. No entanto, para que se criem reflexos importantes na indústria automotiva, são necessárias as aprovações das reformas. O ano que vem não será melhor, sob esse aspecto, por ser um ano eleitoral”, afirmou.
A perspectiva do economista é a de que a reforma trabalhista, considerada a mais urgente para que o País volte a apresentar crescimento em diversos setores, tenha o processo de aprovação finalizado em 2019. Só a partir daí será possível afirmar, de forma assertiva, como a indústria se comportará no longo prazo: “Quem quer que seja o presidente, eleito no ano que vem, deverá lidar com a reforma trabalhista para que as empresas possam ter mais previsibilidade em seus negócios”. Ainda que Gonçalves considere que 2018 será marcado pelas eleições e como elas refletirão nos negócios torna-se uma incógnita, ele acredita que o período será marcado por cortes maiores da taxa Selic: “Hoje temos um corte de 6,5% da taxa. Os juros mais baixos que tivemos no Brasil foi 7,25%. É provável que pelo menos essa barreira seja quebrada já em 2018, o que será benéfico para a retomada dos investimentos”.
Vantajoso e interessante para o micro e pequeno
O diretor-superintendente do Banco Moneo, Oliver D’Haese, vai mais longe. Para ele, a tendência é de volta forte do financiamento, com vantagens para o micro e pequeno empresário.
“A TLP é um produto fantástico e o BNDES continua sendo um grande parceiro, com total segurança e respaldo para o empresário brasileiro. Apesar de neste primeiro momento a nova taxa não ser vista como muito atraente e vantajosa, ainda no primeiro semestre de 2018 a opinião será outra, principalmente com relação às vantagens que proporciona ao micro e pequeno”, explica Oliver.
Segundo ele, o empresário está protegido, pois saberá no momento do fechamento quanto vai pagar até o final. “A prestação ‘cabe no bolso’ e será igual até o final, fator fundamental para o consumidor. Além disso, com mais de 40 anos no mercado, o BNDES sempre protegeu e deu suporte para a indústria nacional, como linhas de crédito atraentes para capital de giro, por exemplo”.
O Banco Moneo vem atuando cada vez mais forte no segmento de transporte e a instituição tem sido vista como especialista e excelente parceira para as demais. “Temos firmado diversas parcerias com outros bancos, viabilizado importantes negócios e atendido de maneira eficaz nossos clientes, que muitas vezes precisam da liberação de crédito para alavancar seus negócios” explica o diretor-superintendente.
No caso específico da Volare, o Moneo tem investido muito para atender da melhor maneira os clientes da marca. “Criamos uma equipe exclusiva para o atendimento e hoje, mais da metade das vendas dos veículos são financiadas pelo banco, inclusive seminovos”, enfatiza Oliver
Parceira de sucesso
A Volare e o Banco Moneo fecharam, neste ano, parceria para ampliar ainda mais as facilidades para os clientes da marca na aquisição de veículos 0 KM. Com ela, o Moneo passou a oferecer a opção de financiamento de 100% do valor dos veículos, com até 60 meses para quitação, o que ampliou as vendas da marca e fez crescer os negócios por intermédio do banco.
“Com a nova opção de financiamento, proporcionamos mais vantagens para os nossos clientes, tornando mais rápido e direto o relacionamento com a rede, assim como todo o processo de aprovação dos pedidos de financiamento, e encurtando o tempo entre o início da consulta e a liberação da aprovação” destaca Sidnei Vargas, gerente comercial da Volare.
Segundo Oliver Markus D’Haese, diretor superintendente do Banco Moneo, o atendimento à Volare é muito importante. “Para poder atender melhor ainda os negócios da Volare, o Banco Moneo criou uma área dedicada, com estreita relação com a rede de representantes e concessionárias Por sermos especializados no segmento de transportes e entendermos as necessidades e demandas dos profissionais, somos mais eficientes na análise de cada processo e mais rápidos e consistentes na sua aprovação”, explica.
Nos últimos três anos, saltamos de cerca de 5% de participação nas vendas de veículos da marca no mercado brasileiro para quase 50%. E quem ganha com isso é a rede e os clientes”, destaca Oliver D’Haese, Para poder oferecer o financiamento de 100% do valor do bem, o Moneo utiliza as linhas de crédito do Finame (entre 70% e 80% do valor) e os restantes 30% ou 20% são incluídos como garantia adicional de veículo usado. Além disso, o banco tem como diferenciais atendimento comercial personalizado, única plataforma para aprovação do crédito, carência de 90 dias, “one stop shop” e boleto único.